Em meados do ano passado, fomos
convidados a conhecer o hospital de referencia em trauma da UCSD na Califórnia
para avaliar o software de Registro de Trauma. Head do departamento de trauma
do hospital, Dr. Raul Coimbra é sinônimo de excelência no tratamento aos
pacientes traumatizados na região de San Diego. O trabalho não se resume ao
tratamento, mas também na coleta, estratificação, leitura e avaliação
permanente dos dados colhidos para melhoria dos processos e implantação de
políticas públicas para o condado.
Da visita inicial de 2 semanas, foram
criados todos os artefatos para o desenvolvimento da proposta brasileira,
requisitos, protótipos, modelos e etc.
O projeto já tinha passado por algumas
mãos quanto chegou até mim. Daí, com a documentação em mãos iniciamos então a
construção do software de registro de trauma.
Em dezembro de 2012 fui pela primeira
vez a San Diego e lá conheci a equipe do Departamento de Trauma do UCSD,
pessoas maravilhosas, animadas com seu trabalho e extremamente caridosas em me
transmitir todo o conhecimento que eu precisava.
Neste período a interação com a equipe
aqui no Brasil foi intensa, com reuniões diárias de conceitos e novas
atividades. O registro de trauma tomou corpo em pouco tempo. Meu principal
interlocutor foi Dale Fortlage, veterano do Vietnã e mais de 20 anos de
experiência especificamente em sistemas de registro de trauma. Grande abraço
meu amigo.
Conduzimos também algumas reuniões com
o grupo do registro, esclarecendo dúvidas e apresentando propostas. Uma das
propostas imediatamente aceitas foi a inclusão das rotinas de business
intelligence em colaboração ao registro.
O mais intrigante, porém, foi o
processo de trabalho. Imagina-se imediatamente que sendo um hospital
universitário americano, tudo acontece com um click de botão. Infelizmente não
foi assim. Lá também existem dificuldades com integração, importação e exportação
de dados, logo, a equipe responsável pelo registro de trauma, cerca de 15
pessoas enfermeiras e técnicas, estão exclusivamente voltadas para a atividade
de buscar os dados no sistema hospitalar, no prontuário e nos documentos anexos
e redigita-los no sistema de registro de trauma.
O trabalho de busca ativa das
informações não registradas nem em papel nem no eletrônico também faz parte da
rotina da equipe, que se esmera em colher o máximo de informações possíveis
para o registro, independentemente do esforço que seja necessário. Obrigado e
parabéns a toda equipe do Dr. Raul Coimbra.
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