Na última quinta-feira assisti ao workshop sobre padrões em saúde promovido pela SBIS-RJ. As palestras foram conduzidas por representantes da ANS, Instituto HL7 Brasil e UERJ.
Os temas sobre saúde suplementar não poderiam ser outros, TISS e TUSS. Novamente a exposição sobre o TISS fomentou questões sobre a sua implantação, situações de divergências entre o que foi considerado como processo único a ser seguido e o que realmente acontece. Todas as colocações sobre este padrão ficaram infelizmente diluídas e escondidas sobre um cenário de interesses entre operadoras e prestadores, onde a ANS tem o papel de regular, legislar e se for o caso intervir.
O palestrante, Sr. Luiz Eduardo, apenas mencionou os padrões SOA, Web Services e XML, para uma platéia dividida entre gestores e técnicos de TI. Sua palestra ficou no âmbito dos gestores, palestra que todos já vimos e que vale ressaltar, já vemos a pelo menos 2 anos seja através do Sr. Luiz Eduardo ou através da Dra. Jussara Freire.
Meu pensamento está em levar de uma forma mais “light”, afinal de contas o padrão já está em uso, estas apresentações e que neste tipo de fórum técnico já não tem mais sentido. Uma demonstração técnica de uso e implementação dos Web Services cairia bem, dificuldades e êxitos teriam um papel melhor, considerando ainda o discurso do Sr. Luiz Eduardo sobre o espanto em ver estes padrões técnicos não serem adotados pelo mercado com tanta agilidade como a ANS gostaria.
Sobre o TUSS, as dúvidas ainda persistem. A Dra. Patrícia da ANS apresentou o TUSS e conceitos de terminologias, semânticas e outras ligadas à lingüística; enfatizando a forma como o TUSS fora gerado.
Neste contexto conturbado, onde Dra. Patrícia informou que a AMB está revisando a tabela, a dúvida cresce ainda mais. Trata-se a TUSS de uma tabela de procedimentos como sempre trabalhamos, ou apenas de uma tabela de TERMINOLOGIAS, onde cada operadora deve referenciar a sua tabela a TUSS?
No dia-a-dia percebemos que será apenas mais uma tabela de procedimentos, “única”, entre aspas sim, pois ainda não contempla todos os procedimentos que são realizados e por isso estamos correndo atrás de correlacionar nossas tabelas a TUSS e não usá-la como primeira opção. Muita água está por vir.
O Dr. Marivan falou sobre padrões de forma ampla e deixou para falar de HL7 no final. A grande novidade foi a informação das datas do encontro do Working Group sobre EHR no próximo ano aqui no Brasil – Rio de Janeiro, 22 e 23 de maio de 2010 – no Hotel Windsor.
Já o Dr. Sérgio Freire abordou o trabalho da ABNT junto ao TC-215, para padrão em informática em saúde, demonstrou onde buscar, usar e participar do grupo. Lamentou a meu ver, que os padrões desenvolvidos gratuitamente, de forma voluntária sejam vendidos pela ABNT após sua publicação oficial.
Dr. Sérgio também falou sobre o OpenEHR e sua aplicação nos sistemas de informação em saúde. A impressão que tive foi que a platéia realmente desconhecia este padrão e que se tratava de coisa de outro mundo. Muito pelo contrário este já é um padrão bastante utilizado e os conceitos são realmente trazem novas visões para implementação. Vale a pena.
Foram excelentes apresentações e os debates ao final foram esclarecedores, visões como a do Dr. Marivan sobre a renegociação entre operadoras e prestadores a partir do entendimento da TUSS, foi inovadora. A visão de custos agora será diferente e o aspecto financeiro, como não deixaria de ser, será revisto.
Os representantes da ANS, novamente solicitaram que divergências entre o combinado e o realizado seja notificado formalmente a Agencia, e esclareceram as datas e prazos de implantação da TUSS.
Por fim, parabéns a organização da SBIS-RJ pelo evento, demonstrando que apesar de pequenos em relação ao Estado de São Paulo, também podemos contribuir e fomentar a sociedade que trabalha com informática em saúde para debater ferramentas, novas abordagens e traçar novos horizontes.
Os temas sobre saúde suplementar não poderiam ser outros, TISS e TUSS. Novamente a exposição sobre o TISS fomentou questões sobre a sua implantação, situações de divergências entre o que foi considerado como processo único a ser seguido e o que realmente acontece. Todas as colocações sobre este padrão ficaram infelizmente diluídas e escondidas sobre um cenário de interesses entre operadoras e prestadores, onde a ANS tem o papel de regular, legislar e se for o caso intervir.
O palestrante, Sr. Luiz Eduardo, apenas mencionou os padrões SOA, Web Services e XML, para uma platéia dividida entre gestores e técnicos de TI. Sua palestra ficou no âmbito dos gestores, palestra que todos já vimos e que vale ressaltar, já vemos a pelo menos 2 anos seja através do Sr. Luiz Eduardo ou através da Dra. Jussara Freire.
Meu pensamento está em levar de uma forma mais “light”, afinal de contas o padrão já está em uso, estas apresentações e que neste tipo de fórum técnico já não tem mais sentido. Uma demonstração técnica de uso e implementação dos Web Services cairia bem, dificuldades e êxitos teriam um papel melhor, considerando ainda o discurso do Sr. Luiz Eduardo sobre o espanto em ver estes padrões técnicos não serem adotados pelo mercado com tanta agilidade como a ANS gostaria.
Sobre o TUSS, as dúvidas ainda persistem. A Dra. Patrícia da ANS apresentou o TUSS e conceitos de terminologias, semânticas e outras ligadas à lingüística; enfatizando a forma como o TUSS fora gerado.
Neste contexto conturbado, onde Dra. Patrícia informou que a AMB está revisando a tabela, a dúvida cresce ainda mais. Trata-se a TUSS de uma tabela de procedimentos como sempre trabalhamos, ou apenas de uma tabela de TERMINOLOGIAS, onde cada operadora deve referenciar a sua tabela a TUSS?
No dia-a-dia percebemos que será apenas mais uma tabela de procedimentos, “única”, entre aspas sim, pois ainda não contempla todos os procedimentos que são realizados e por isso estamos correndo atrás de correlacionar nossas tabelas a TUSS e não usá-la como primeira opção. Muita água está por vir.
O Dr. Marivan falou sobre padrões de forma ampla e deixou para falar de HL7 no final. A grande novidade foi a informação das datas do encontro do Working Group sobre EHR no próximo ano aqui no Brasil – Rio de Janeiro, 22 e 23 de maio de 2010 – no Hotel Windsor.
Já o Dr. Sérgio Freire abordou o trabalho da ABNT junto ao TC-215, para padrão em informática em saúde, demonstrou onde buscar, usar e participar do grupo. Lamentou a meu ver, que os padrões desenvolvidos gratuitamente, de forma voluntária sejam vendidos pela ABNT após sua publicação oficial.
Dr. Sérgio também falou sobre o OpenEHR e sua aplicação nos sistemas de informação em saúde. A impressão que tive foi que a platéia realmente desconhecia este padrão e que se tratava de coisa de outro mundo. Muito pelo contrário este já é um padrão bastante utilizado e os conceitos são realmente trazem novas visões para implementação. Vale a pena.
Foram excelentes apresentações e os debates ao final foram esclarecedores, visões como a do Dr. Marivan sobre a renegociação entre operadoras e prestadores a partir do entendimento da TUSS, foi inovadora. A visão de custos agora será diferente e o aspecto financeiro, como não deixaria de ser, será revisto.
Os representantes da ANS, novamente solicitaram que divergências entre o combinado e o realizado seja notificado formalmente a Agencia, e esclareceram as datas e prazos de implantação da TUSS.
Por fim, parabéns a organização da SBIS-RJ pelo evento, demonstrando que apesar de pequenos em relação ao Estado de São Paulo, também podemos contribuir e fomentar a sociedade que trabalha com informática em saúde para debater ferramentas, novas abordagens e traçar novos horizontes.