sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tablets na Saúde e tchau ao PC


Nos últimos dias várias notícias estão circulando na rede sobre o breve fim dos computadores pessoais, sendo estes substituídos por tablets.

Outros porém afirmam que este dia não chegará. Ainda que a nossa própria casa precise de um CPD, afinal de contas além do computador pessoal – desktop, ainda temos os notebooks, os smatphones, os consoles de jogos (Xbox, PSP, PS3, etc) além das televisões conectadas, blu-rays e é claro o roteador sem fio que permite que todos acessem a internet e baixem arquivos e atualizem os sistemas.

Não esqueci os tablets, estes novos amigos estão ganhando espaço pelas facilidades agregadas, principalmente para a questão de visualização para leitura, interatividade e claro a mobilidade. Mas irão substituir o PC? Eu mesmo diria que ainda não. Ainda estamos presos aos teclados e mouses, ferramentas de software que aderiram a um modelo de produtividade e interação com o usuário que os tablets ainda não possuem. Quero dizer que sim, os tablets substituirão os PCs, mas será preciso que a indústria de software inclua este novo dispositivo na sua linha de produção e traga real usabilidade em seus sistemas.

O movimento dos desktops para a web também quebrou alguns paradigmas de criação e interação com o usuário, mas a ferramenta de acesso mudou pouco. Continua sendo o PC apesar das pesquisas apontarem maior uso dos smartphones. Mas agora o desafio é ainda maior.

E na indústria da saúde? A Information Week publicou matéria sobre a adesão dos tablets na saúde. Na verdade para os profissionais de saúde e minha leitura foi bastante positiva, a grande resistência destes usuários em utilizar o PC parece bem menor ou nenhuma considerando um tablet.

Teremos então uma nova plataforma de tratamento e atendimento médico. Através desta ferramenta teremos...bem nada de novo: visualização de registros de saúde, imagens médicas, exames, entradas de dados (de uma forma diferente claro), e maior acesso a conteúdo.

Perceba que a limitação inicial está diretamente ligada a novidade, o próprio tablet. Para que este dispositivo seja de fato um sucesso, na nossa área TI em saúde e médica, é preciso que exista sempre uma conexão de internet, seja 100% online, ou atualizações regulares de dados dos servidores com o tablet e vice-versa.
Além disso, o tablet, sendo orientado a saúde possui diferenciais em relação a qualidade das câmeras, áudio (gravadores e alto-falantes), leitores de códigos de barra e sensores de temperatura, sinais vitais e assim por diante. Estas características técnicas integram e preenchem espaços não ocupados pelos PCs, a mobilidade tem um apelo fantástico, e isso permite não só o atendimento online a beira do leito, por exemplo, mas também viabiliza sessões de telemedicina e segunda opinião.

O terceiro ponto é o software. Concordo com a reportagem que os registros eletrônicos de saúde também precisam se adequar a esta nova realidade e é fundamental que isso aconteça logo.

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