O planejamento tem sido um dos meus principais objetivos nos últimos anos. Na vida, no dia-a-dia, no trabalho e na gestão da saúde.
Algumas estratégias e ferramentas clássicas de Norton e Kaplan, a metodologia GTD de fazer-acontecer de David Allen, e as práticas do planejasus tem norteado minhas avaliações e modelos para decidir e priorizar meus próximos passos.
Observando a gestão municipal, principalmente neste momento, em que temos novas gestões nos municípios, percebo ainda a fragilidade nas atividades do planejamento. Nem todos os gestores e equipes técnicas possuem a visão estratégica, ou seja, nem todos conseguem ter uma visão global, produzir de fato um avaliação situacional completa que norteie o planejamento.
Mais do que preencher os formulários e relatórios de gestão obrigatórios pelo sus, é preciso criar uma consciência coletiva em torno das diretrizes, promover internamente esta visão e externar estas ações entre fornecedores, parceiros e população.
Quantas equipes técnicas estão realmente preparadas para desenvolver ações de planejamento em saúde? Não me refiro somente a conhecer as praticas e instrumentos do PlanejaSus, mas também conhecer outras ferramentas e modelos que influenciem positivamente a gestão e agregue valor as instituições e pessoas?
O planejamento municipal, geralmente começa com base nos problemas atuais, notícias negativas da mídia e questão de ordem política. Identifica suas unidades de saúde, seus equipamentos, profissionais de saúde e potencial de prestação de serviços.
A partir disto, em geral, fecham-se principalmente em suas próprias questões internas de expansão física das unidades, contratação de mais profissionais, aquisição de equipamentos, abastecimento insumos e por aí vão.
O que falta nesta linha de pensamento são os objetivos finais. A gestão municipal não existe por finalidade em si mesma, e sim, por um objetivo maior de prestação de serviços de saúde a população.
Observemos os planos municipais apresentados ao sus e avaliemos quantos promovem ações de saúde de forma palpável e tangível, digo, quantos conseguem de fato traçar ações voltados para a saúde, definir metas de fato exequíveis, quantificar recursos e deixar claro que serão capazes de realizar aquilo que se propõem.
- Não deixe de participar. Em 30 de Novembro no auditório do Hospital Geral de Guarus a partir das 9:00h em Campos dos Goytacazes, o Circuito Carioca de Gestão em Saúde leva a temática do Planejamento Estratégico Municipal para a pauta. Exposição de conceitos, ferramentas e abordagens para ampliar a eficiência da gestão. Acompanhe em http://www.rssouza.com.br, siga-nos no twitter @rdgssouza e Facebook https://www.facebook.com/events/192898907543209/?fref=ts
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