Nestas duas semanas, de volta aos Estados Unidos, desta vez em Miami, conheci o Ryder Trauma Center ligado a Universidade de Miami e a Escola de medicina.
Ligado a proposta de educação para trauma, o Ryder dispõe do projeto de Telemedicina, reunindo vários centros de notoriedade de pesquisa e atendimento pelo mundo. Dentre eles o Hospital Adão Pereira Nunes de Duque de Caxias no Rio de Janeiro, universidade de campinas, do Amazonas entre tantos outros.
As reuniões são conduzidas por tele-conferência, onde trocam experiências e se atualizam das modernas técnicas medicas para o atendimento da emergência vermelho ou trauma. Estes convênios permitem também que várias vídeo-aulas estejam disponíveis para os residentes e iniciantes.
Mas não e só isso, através da equipe dos Drs. Jeffrey Augenstein e Antônio Marttos, estes futuristas levam a Telemedicina a outro patamar, disponibilizando um robô controlado por controle remoto para dentro das salas de atendimento e centro cirúrgico, permitindo a equipe do Ryder Trauma participar diretamente nos procedimentos, seja liderando a equipe ou apenas como consultores externos para segunda opinião.
A partir desta iniciativa a Universidade levou a Telemedicina para acompanhamento médico em locais distantes do centro de tratamento, nos programas de acompanhamento das famílias carentes, e para as escolas. Facilitando algumas especialidades com dermatologia, psicologia e clinica geral.
Alem do apelo para a educação e Telemedicina, o Ryder conta também com aplicativos moveis voltados para smartphones, que acessam os principais sistemas de informação, trazendo os dados dos pacientes, exames laboratoriais, radiologicos, evoluções, e permitem que os médicos façam o seu trabalho remotamente.
O pouco tempo no Ryder permitiu ver aplicado o conhecimento que já tinha, permitiu também quebrar alguns paradigmas em relação aos sistemas de informação, principalmente a forma como fazemos no Brasil. Uma visão diferenciada e pratica para uso intensivo em situações extremas.
Agradeço a atenção do Dr. Augenstein e Dr. Marttos para a realização do trabalho, assim como da equipe com quem interagi diretamente: Stephany, Orlando, Gabriel, Daniel, Fernanda, Tara, Mrs. Murtha, Kevin e Ray.
Espero voltar em breve e revê-los, ou ainda que seja pelo skype e tele-conferências por aí a fora.
Abraços aos novos amigos.
Trazer informações sobre gestão, TIC, governança corporativa, planejamento e atualizações sobre saúde
sábado, 30 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
Quem mexeu no meu papel?!
Mais novidades, novas realidades. As propostas verdes de hospitais e outras unidades de saude sem papel tornaram-se realidade.
Uma mudanca de cultura sem volta, fortemente baseada em processo internos e sistemas de informacao. Muita economia com cartuchos, toners, manutencao de impressoras, energia eletrica e sim, claro com o papel. Os calculos sao surpreendentes quando avaliamos o sem fim de arvores que não serao cortadas para este fim.
Tudo certo mas consideremos outras questoes envolvidas:
- A cultura de seculos de uso;
- Os ja mencionados sistemas de informacao;
- Maior custo com hardware para suportar processos antes com papel;
- Certificaco Digital;
- Legalidade desta nova abordagem.
Vamos lá...
Como esquecer séculos de utilização de papel para ler, estudar, escrever? Como trocar o apelo do caderno, dos livros e formulários?
Culturalmente evoluir, mudar de paradigmas inconcientemente arraigados em nós é muito difícil, é um sentimento de perda. E mais, de imaterialismo, converter o palpável em abstrato, mesmo que já tenhamos consciencia da informática, Transformar o papel em documentos digitais ainda é um problema.
Percebam nosso esforço em criar, manter e evoluir perféricos capazes de reproduzir e ampliar a visão das informações em papel, as impressoras. Torna-las mais modernas, coloridas, rápidas, muilti-tarefas, tudo para nos permitir materializar as idéias desenvolvidas dentro dos computadores. Precisamos tornar material, psicologicamente, criar alguma idéia que antes era virtual. Só está pronto quando impresso, registrado em cores, ou mesmo em
preto e branco no papel.
Todos nós assumimos os custos por manter impressoras, resmas de papel, cartuchos, eletricidade e outros custos indiretos, além claro de vastos locais para armazenamento dos prontuários, tempo para acessa-los e disponibiliza-los, sem contar com os transtornos de perder um prontuário colocado fora do lugar.
Finalmente pesou no bolso ter que gerenciar papeis. Sempre que falamos nisso, vem a tona os prontuários eletrônicos, a tábua de salvação ao paradigma papel. Ainda com desconfiança, sem muita credibilidade, aversão cultural entre tantas outras o prontuário eletrônico muda de adapta as novas realidades e visões de informação. Muito tem a ser trabalhado, mas estamos no caminho.
Para os sistemas de informação, prontuários eletrônicos, faz-se necessário trabalhar não só com dados estruturados, mas também com arquivos e dados desestruturados, e buscar soluções tecnológicas que permitam estruturar partes principais. Mudamos a visão de informações entradas parte a parte formando um conjunto de informações, para a captura de sinais gráficos, imagens radiológicas, resultados de exames laboratoriais, além de planilhas, documentos, arquivos PDF, vídeos, fotografias, emails entre tantos outros formatos. Passamos agora a gerenciar registros de saúde, não mais dados de saúde.
Uma mudanca de cultura sem volta, fortemente baseada em processo internos e sistemas de informacao. Muita economia com cartuchos, toners, manutencao de impressoras, energia eletrica e sim, claro com o papel. Os calculos sao surpreendentes quando avaliamos o sem fim de arvores que não serao cortadas para este fim.
Tudo certo mas consideremos outras questoes envolvidas:
- A cultura de seculos de uso;
- Os ja mencionados sistemas de informacao;
- Maior custo com hardware para suportar processos antes com papel;
- Certificaco Digital;
- Legalidade desta nova abordagem.
Vamos lá...
Como esquecer séculos de utilização de papel para ler, estudar, escrever? Como trocar o apelo do caderno, dos livros e formulários?
Culturalmente evoluir, mudar de paradigmas inconcientemente arraigados em nós é muito difícil, é um sentimento de perda. E mais, de imaterialismo, converter o palpável em abstrato, mesmo que já tenhamos consciencia da informática, Transformar o papel em documentos digitais ainda é um problema.
Percebam nosso esforço em criar, manter e evoluir perféricos capazes de reproduzir e ampliar a visão das informações em papel, as impressoras. Torna-las mais modernas, coloridas, rápidas, muilti-tarefas, tudo para nos permitir materializar as idéias desenvolvidas dentro dos computadores. Precisamos tornar material, psicologicamente, criar alguma idéia que antes era virtual. Só está pronto quando impresso, registrado em cores, ou mesmo em
preto e branco no papel.
Todos nós assumimos os custos por manter impressoras, resmas de papel, cartuchos, eletricidade e outros custos indiretos, além claro de vastos locais para armazenamento dos prontuários, tempo para acessa-los e disponibiliza-los, sem contar com os transtornos de perder um prontuário colocado fora do lugar.
Finalmente pesou no bolso ter que gerenciar papeis. Sempre que falamos nisso, vem a tona os prontuários eletrônicos, a tábua de salvação ao paradigma papel. Ainda com desconfiança, sem muita credibilidade, aversão cultural entre tantas outras o prontuário eletrônico muda de adapta as novas realidades e visões de informação. Muito tem a ser trabalhado, mas estamos no caminho.
Para os sistemas de informação, prontuários eletrônicos, faz-se necessário trabalhar não só com dados estruturados, mas também com arquivos e dados desestruturados, e buscar soluções tecnológicas que permitam estruturar partes principais. Mudamos a visão de informações entradas parte a parte formando um conjunto de informações, para a captura de sinais gráficos, imagens radiológicas, resultados de exames laboratoriais, além de planilhas, documentos, arquivos PDF, vídeos, fotografias, emails entre tantos outros formatos. Passamos agora a gerenciar registros de saúde, não mais dados de saúde.
A filosofia de desenvolvimento de software para a saúde também terá que se adaptar a falta de papel. Muitas vezes dados capturados em telas e processos diferentes só eram agrupados quando impressos, agora precisaram estar disponiveis ainda digitalmente, mas em outra diagramação. Para telemedicina, como criar um apelo que permita interação dinâmica e clara das informações antes estruturadas em formulários. O foco agora em tempos de web 3.0 é colaborar, sem deixar esquecidos conceitos permanente de acesso e proteção.
A falta de papel levará a maior número de interfaces e integrações entre disposotivos de captura de dados, termos agora um sem fim de palms, smatrphones, leitores de códigos de barra, leitores de pulseiras e crachas que garantam a entrada de informações de forma correta e garantia de acesso aos dados dos pacientes nos sistemas de informação.
A falta de papel levará a maior número de interfaces e integrações entre disposotivos de captura de dados, termos agora um sem fim de palms, smatrphones, leitores de códigos de barra, leitores de pulseiras e crachas que garantam a entrada de informações de forma correta e garantia de acesso aos dados dos pacientes nos sistemas de informação.
Juntando-se aos prontuários eletrônicos, os certificados digitais já são rotina nas empresas e agora começam a crescer junto a população em geral. Mudança das políticas públicas geralmente são os maiores fomentos. Vejam as notas ficais eletrônicas e as novas identidades em cartão. Daqui para frente preparem-se para ter uma dúzia de cartões com sua assinatura digital, ou certificado digital a mão. As entidades profissionais já estão de olho nisso, tornando a vida das pessoas cada vez mais digital. Os profissionais de saúde terão que adaptar e colocar seu cartão de identificação no computador para garantir que uma prescrição de medicamentos sejam eletronicamente autenticada.
Juridicamente, a manutenção dos documentos em papel garantia a continuidade da história clínica, mas não garantia disponibilidade. A legislação atual pouco consegue acompanhar a eveolução tecnológica, mas já podemos nos desfazer dos documentos em papel garantido por leis federais, portarias profissionais como CFM e avaliação da assinatura eletrônica como substituta do papel e do par caneta e carimbo. Junta-se a esse conjunto as especificações técnicas de construção de um registro eletronico de saude, definidos pela SBIS e pelo CFM.
Para referencias, vejam a MP 2200-02/01, ICP Brasil 11.149/06 que fala sobre processos eletrônicos, a PL 7.316/02 sobre assinaturas eletrônicas e as deliberações do CFM: 1.246/88, 1.605/2000, 1638/2002, 1821/2007, 3 PL 404/2008 artigo 38.
Agora é mãos-a-obra, temos um novo desafio. Melhorar os sistemas de informação, prontuários eletrõnicos, registros eletrônicos de saúde para atender não somente as novas legislações, não somente aos movimentos ambientais e sustentabilidade ecológica mas principalmente temos o dever de buscar e oferecer benefícios aos pacientes e usuários da saúde.
Até o próximo post.
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