Olá a todos! Depois de algumas viagens, umas para perto e outras para muito longe, muito trabalho, duas palestras quase na mesma semana sobre BI, Sala de Situação em Saúde e cobranças dos amigos por novos posts, encontrei um momento para escrever e compartilhar algumas questões sobre o assunto.
A primeira questão envolve diretamente a granularidade da informação. Conceitualmente as informações devem ser o mais concisas possível, consolidadas, diretas e com foco específico.
Usando o inverso a esta proposta, o uso das ferramentas de BI para geração de relatórios ou tabulações gerenciais, tendo níveis de desdobramento e possibilidades de distribuição da informação ao nível unitário. Para o nosso contexto de saúde, além de obter o número de pacientes internados em um período, as taxas de ocupação hospitalar, índice de giro do leito, entre outros indicadores; temos a possibilidade de desmembrar ao menor nível e ler nas tabulações o nome do paciente, sua idade, sexo, leito que ocupa e data de internação.
Para esta questão, muito me incomoda estressar o processo de ETL (Extrair, Processar e Carregar) para ter informações meramente operacionais, obtidas facilmente no sistema de informação de registros hospitalares. Contudo entendo a flexibilidade de navegação e operação direta pelos usuários para a composição de dados e informações no mesmo ambiente, como os amigos dizem: “Ter qualquer informação na hora...”
Ainda que consideremos, quem é este usuário, a questão permanece. - Ele é o chefe, precisa ter a informação! Ou, - Ele fica na ponta precisa ter a informação! O mérito da questão está na proposta de uso de uma ferramenta, geralmente cara, para justamente “enxugar” as informações e não ser um gerador de relatórios.
Outra questão que tem realmente me deixado feliz refere-se ao tempo. - Naquele tempo, em que o processamento era caro demais e computadores precisavam de muita energia e ar condicionado, e que eram processados os últimos seis meses de informações para produzir os indicadores de vendas e o ranking dos vendedores, hoje falamos de Business Intelligence – On-Line, em que o tempo médio de atualização dos dados fica reduzido para horas e em alguns contextos em minutos.
O que é isso? É ter os indicadores na hora, digo AGORA! E poder utilizá-los imediatamente para as decisões estratégicas da organização e não somente daqui a seis meses. A tecnologia permite que as informações estejam presentes em qualquer dispositivo e a qualquer momento, seja no seu smartphone ou no seu relógio Bluetooth.
O fato é que aquele conceito antigo evoluiu e melhorou tanto que a partir desta situação de momento, já estamos indo à frente e prevendo, extrapolando os dados vindouros e tomando decisões agora considerando os indicadores futuros.
E mais uma, muito boa, é a questão do uso do BI para avaliação dos processos internos. - Mais isso não é novidade! Eu sei, os processos sempre foram avaliados, a diferença está na integração das ferramentas de BPM, conforme destaca Luiz Cláudio Menezes no seu artigo “Negócios em tempo real: quando o BI é visto como autópsia” publicado hoje pela ITWeb. O artigo fala da avaliação do negócio em si passando pela melhoria dos processos e o uso do Business Intelligence para isso. Fantástico!
Por hora, ou melhor, por agora é isso. Quero agradecer a Fundação João Barcelos Martins pelo convite para falar sobre BI e a tomada de decisão em setembro último, durante o I Encontro do Administrador Hospitalar. A apresentação deste evento e outra sobre Sala de Situação em Saúde apresentada na feira Hospital Business deste ano, estão disponíveis no meu perfil do LinkedIn, http://www.linkedin.com/in/rssouza.
Abraços a todos.